segunda-feira, 5 de setembro de 2011

0 ACONTECENDO 2 - EXPOSIÇÃO PADRE GIOVANNI GALLO



Gente, não poderia deixar de comentar com vocês que durante a minha visita à XV Feira do Livro, conheci o trabalho deixado pelo padre Giovanni Gallo e  o museu do Marajó-PA.
Encontrei a Bia Carneiro que está trababalhando na Revista PZZ e conversamos sobre o museu do Marajó e a revista que está a venda perto da exposição de fotos que lembram a grandiosa obra deixada  pelo padre Giovanni Gallo.



Um pouco  da história de Padre Giovanni Gallo. Tentei resumir a história comovente do padre, baseada nos textos da revista PZZ.Ele nasceu em 27 de abril de 1927, na Itália, em plena Era Fascista de Benito Mussolini.De família pobre, levou  uma vida em condições precárias e sofreu  com as consequências da guerra sob o  comando de Mussolini.Aos 11 anos entrou para a vida religiosa e sua educação foi marcada pela obediência colocando em prática os ensinamentos do seminário.Cursou dois anos de Filosofia, em Galllarate e terminou a Faculdade de Teologia em Turim, Itália, logo depois veio a ordenação como padre.
Exerceu várias atividades pastorais e de serviços sociais, na Itália.Trabalhou oito anos na Suíça e recusou o cargo superior geral da Escandinávia por não gostar de serviços burocráticos, então se ofereceu para trabalhar na América Latina.Veio para o Brasil, em 1970, desembarcando em Salvador-BA. Nosso país estava em plena Ditadura Militar  e Gallo foi confundido como um espião do comunismo e esteve  envolvido com vários interrogatórios. Por gostar de fotografias ganhou vários concursos e prêmios, também gostava de aprender línguas.
Chegou ao Pará, em 1973, na Vila de Jenipapo, município de Santa Cruz do Arari.No início estranhou a realidade do lugar, sem água potável, energia , telefone, alimentação precária.Recebeu uma cooperativa de pesca e mesmo sem entender nada de pesca, experimentou  o trabalho junto aos pescadores.O projeto ficou para trás, mas desenvolveu outras ações como o Projeto Piranha e o do Museu do Marajó.Suas ações sempre estavam voltadas para trabalhos sociais e comunitários, junto à população local.
Apesar das dificuldades do local para o museu, o projeto tinha como objetivo desenvolver a cultura local: histórias, lendas, crenças, costumes e tradições da terra.Era um museu comunitários com a intenção de preservar a cultura do homem marajoara.O museu surgiu em 1973, no início como exposição de peças arqueológicas, artefatos típicos do caboclo marajoara, documentos históricos e animais embalsamados. Em 1981, funda-se a Associação "O nosso Museu de Santa Cruz do Arari" e passa a ser independente.O padre sofreu perseguição política local e até tentaram tirar o museu da cidade, fato que aconteceu e o museu teve que ser transferido de local.Em 1983, os sócios resolvem mudar a razão social do museu que passou a se chamar "O Museu do Marajó".
No ano de 1984, o museu abriu suas portas.Agora estava instalado em um prédio reformado pela prefeitura de Cachoeira do Arari.O museu, hoje, é um atração turística na cidade e há um acervo sobre a história do homem marajoara.O museu ainda passa por dificuldades financeiras, localizado no meio da ilha do Marajó, sendo  um local ideal para o desenvolvimendo econômico e cultural da cidade de Cachoeira do Arari.
O padre Giovanni Gallo ficou 30 anos a frente do projeto de preservação da cultura marajoara e morreu em Belém, no dia 7 de março de 2003, e estava com 76 anos de idade.

Uma história que vale apena conhecer.Uma missão vinda de longe e se cumpriu em terras da Amazônia.

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